segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sem métrica

Um marimbondo solitário zunzuna no meu quintal há uns dias
Somente só ele ali voando
Indo da Espada de São Jorge até o Pau d'água
Indo do Pau d'água até a Espada de São Jorge

Às vezes eu tenho isso de querer ser poeta
Mas hoje o marimbondo não me representa
A Espada não é metáfora de nada
O Pau d'água está na água, mas é coincidência. Nem fui eu que pus ele lá

Não há motivo pra enfeitar a realidade
Não há motivo pra louvar asas de insetos
Enfim, nenhum motivo pra poesia

O marimbondo não é poeta da natureza
O evento não é nenhum sinal divino
Mas por Deus! esse inseto me deu a maior aula de poesia da vida!

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